sexta-feira, 30 de março de 2007

O charme das cafeterias está de volta!

Depois de alguns dias sem postar nada devido à... à... ah, devido à vida conturbada e ao sono que aparece sempre que eu tento escrever, eis que retorno ao meu querido blog para contar mais experiências pela noite do Rio.
Dessa vez vou falar do Bistrô
Cafeína do Leblon na Rua Ataulfo de Paiva. São cinco Bistrôs Cafeína, sendo dois em Copacabana, um em Ipanema e dois no Leblon. Ainda não fui a nenhum outro, mas a impressão desse do Leblon foi ótima quanto à variedade de cafés, bolos, tortas, waffles e essas guloseimas saborosas às quais a gente não resiste... (daqui a pouco vou ter que criar um blog para falar da minha luta contra a gula...). Quanto ao atendimento, um único garçom com sono e louco para fechar a loja, fingia que não nos ouvia... Mas vou relevar pois era dia de jogo do Flamengo... E aliás, também devido ao jogo do Flamengo foi cancelado o show de "Os Britos" na Melt, a verdadeira intenção da minha ida ao Leblon nesse dia...
Adoro Cafeterias. Não só pelas guloseimas, mas também por acreditar que o café é uma bebida tão social como o álcool. Ele tem o mesmo poder para atrair pessoas em torno de uma mesa e deixá-las à vontade para assuntos mais leves, que não estejam ligados ao trabalho... Podem notar. Naqueles maçantes almoços de trabalho, qual é a hora em que as pessoas se soltam mais? É na hora do cafezinho. Pode ser uma hora chata também, pois se aproxima o final do almoço e a hora de voltar ao trabalho, e geralmente estamos entupidos de comida e cheios de sono... Mas nos últimos minutos da hora de almoço ouvimos as pérolas do dia... E o combustível desse povo falante é o café.
Tenho visto cada vez mais a abertura de casas do tipo na Tijuca e arredores e na Zona Sul. E cada vez mais as pessoas estão descobrindo que não têm apenas os botecos para sentar à mesa com os amigos. Isso sem contar o charme das cafeterias em contraste com a simplicidade dos botecos... Mas tudo bem, não vamos fazer comparações. Na Europa é comum servirem bebidas alcóolicas nas cafeterias, o que dificilmente acontece nos Estados Unidos. De qualquer forma, com ou sem bebidas alcoólicas, amo as cafeterias. E os botecos também!

Devido ao sono do garçom, não pedimos para que tirasse uma foto de todos juntos.

No fim-de-semana seguinte, fui ao Manoel e Juaquim do Posto 6, em Copacabana. Eu já fui em quase todos da rede, sou fã de todos e elejo o do Largo do Machado como meu favorito. Esse do Posto 6, fica ao lado do Sindicato do Chopp, quase no final da Av. Atlântica. Depois de esperar bastante, pois fui num sábado à noite, esperei mais ainda. E esperei. E esperei mais. E quando estava quase levantando para ir embora, chegou o meu prato (levado pelo garçom, lógico). Minha deliciosa picanha à brasileira, macia e saborosa com arroz, batatas-fritas e aquela farofa que só tem no Manoel e Juaquim. Eu até esqueci que havia esperado tanto. E digo: quem espera enche a pança! Delícia.

Cafeína Leblon I
Endereço: Avenida Ataulfo de Paiva, 1321 - Leblon
Telefone: 2259-6288
Horário: diariamente, das 8h às 23h30.
Capacidade: 40 pessoas
Cartões: Visa, Mastercard, American Express, Dinners
Cotação: $$

Manoel e Juaquim Posto 6
Endereço: Av. Atlântica, 3806 - Posto 6 - Copacabana
Horário: Diariamente, das 12h até o penúltimo freguês!
Cartões: todos
Telefone: 2523-1128
Cotação: $$$

quinta-feira, 15 de março de 2007

Ainda mais do mesmo

Dizer que eu, da geração a qual pertenço, sou fã da Legião Urbana e do Renato Russo, é quase um lugar-comum. Não conheço quase ninguém de vinte e poucos a trinta e poucos que não goste ou que não conheça pelo menos alguma coisa da obra deles. E volta e meia, volto a ouvir os CDs, mp3 ou até os discos de vinil da Legião que eu ainda tenho. No ano passado, motivada pelas homenagens que lembravam os dez anos de falecimento do Renato, pedi no amigo oculto da empresa em que trabalho o livro “Renato Russo, o trovador solitário”, do Arthur Dapieve, colunista do jornal “O Globo”. Eu, como sempre, fazendo tudo a meu tempo (o meu tempo corre mais devagar do que o dos outros), paquerando o livro na estante, fitando-o com olhar cada vez mais interessado, no mês passado decidi concretizar o desejo e começar a leitura, que foi rápida, por sinal.
Como o próprio Dapieve fala, o livro não traz revelações bombásticas, fofocas, detalhes da vida pessoal do Renato, nada disso. É uma biografia que fala muito do lado profissional e artístico do Renato, de como surgiam suas canções, do relacionamento com os músicos, do que cobrava deles, do esmero que tinha com sua criação, da busca pela perfeição em cada álbum. Além disso, os capítulos iniciais apresentam com detalhes a turma de Brasília que deixou sua marca no rock nacional. O melhor de tudo é saber que daquela turma de adolescentes foram originadas tantas bandas legais, cujas músicas embalaram o sonho das eleições diretas, de uma sociedade mais justa e igualitária que não vimos até agora... E pensar que o Renato não queria lançar a música “Que país é esse” por medo de que se tornasse obsoleta... Ele queria fazer músicas que pudessem ser cantadas por todas as gerações... “Que país é esse” continua muito atual, assim como “Perfeição” “Mais do mesmo” “Baader Meinhof Blues” e tantas outras que falam dos nossos problemas sociais que parecem não ter solução.
“O Trovador solitário”, em seus capítulos finais, é também um livro que conta um pouco da agonia do Renato e da tristeza dos seus amigos em seus últimos momentos de vida. Ao terminar de ler, eu estava ainda mais sensível e louca para ouvir novamente todas as músicas, das quais agora sei curiosidades e conheço um pouco mais sobre algumas fontes de inspiração.
Há muitas coisas pra se pensar sobre esse livro. O fato de serem, esses jovens de Brasília, todos de uma classe média alta, falantes de no mínimo dois idiomas, com vivência no exterior, me faz pensar se teriam a mesma oportunidade em classes sociais diferentes. Mas termino esse post dizendo que o Renato estava acima disso. E apesar da sua boa educação, da sua formação de burguês-padrão, havia algo de muito especial no interior desse nosso gênio que escola nenhuma poderia ensinar. Ele nasceu iluminado. E felizes são as crianças e os adolescentes da minha geração, que cresceram sob a boa influência da sua inspiração e sensibilidade.



Título:
Renato Russo - O Trovador Solitário
Autor:
Dapieve, Arthur
Editora:
Ediouro (RJ)

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Deuses Gregos em Templos Contemporâneos

Exu e Hermes são correspondentes por serem deuses mensageiros. Hermes faz a ponte entre seres humanos e deuses, assim como os exus.



Esse post estava no meu antigo blog, mas como a exposição foi estendida, resolvi trazê-lo para cá também.

Essa exposição pode ser vista no MAC e traz esculturas do museu de Pergamon, em Berlim.
Ela é uma continuação do projeto do museu de Pergamon de divulgar essas obras, guardadas há quase um século e foi exibida, com mais obras, no MAB-FAAP, antes de vir para o Rio. Apesar da exposição do MAC ter menos esculturas e isso ficar evidente pelo folder da exposição de São Paulo que recebemos ao entrar, creio que a de Niterói seja mais interessante pela relação que faz entre os deuses gregos e os orixás. O mármore branco e as estátuas nuas contrastam com o colorido dos orixás da Casa do Pontal, representando o contraste da cultura européia (fria) com a africana (vibrante). Há muita informação escrita, linhas do tempo, quadros relacionando as características comuns entre cada deus grego e seu correspondente orixá (se é que há uma correspondência). A impressão que tive ao sair é que a exposição tinha poucas obras, mas é muito rica em sua intenção.

Para saber mais, visite a página do Aguarrás. Há uma ótima resenha sobre a exposição.

Local: MAC - Museu de Arte Contemporânea de Niterói
Preço(s): R$ 4; R$ 2 (estudantes e maiores de 60 anos); Grátis para crianças de até 7 anos e estudantes até o 2° grau.
Período: até 25 de março de 2007.
Horário: terça a domingo, 10h às 19h.
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